Meningioma
O que é meningioma?
O meningioma é o tumor primário mais comum do sistema nervoso central. Ele acomete as meninges (membrana de proteção do cérebro e da medula espinhal) e em sua grande maioria são benignos. São considerados benignos devido seu crescimento lento e sintomas não fatais, mas em casos específicos podem levar à morte. Em raros casos os meningiomas podem ser considerados atípicos e malignos.
Quais são os fatores de risco para o surgimento dos meningiomas?
Os fatores de risco para o surgimento dos meningiomas são:
Sexo feminino
Idade acima de 65 anos
Predisposição genética como neurofibromatose tipo 2 e schwannomatose
Exposição a radiação ionizante
Exposição hormonal
IMC aumentado/obesidade
Câncer de mama
Traumatismo crânio-encefálico
Uso de telefones celulares: ainda sem evidência até o momento, mas é um fator de risco que tem sido levantado nos últimos anos
Quais são os subtipos de meningioma?
Os meningiomas são classificados em três graus pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de acordo com suas características, que são:
Meningioma grau 1: tumor benigno de crescimento lento, é o mais comum dos três tipos;
Meningioma grau 2: tumor atípico e benigno que apresenta maior risco de recidiva após a remoção
Meningioma grau 3: tumor atípico e maligno de crescimento rápido
Quais sintomas os meningiomas podem apresentar?
Os sintomas de um meningioma são determinados pela localização da massa e pelo tempo de desenvolvimento do tumor. Os meningiomas são frequentemente de crescimento extremamente lento e muitas vezes são assintomáticos.
Assintomáticos: Muitos meningiomas são assintomáticos ou minimamente sintomáticos e são descobertos incidentalmente em um estudo de neuroimagem ou na autópsia
Convulsões: comuns em meningiomas de convexidade, parassagitais, falcinos e associados a edema peritumoral
Alterações visuais: frequente em meningiomas selares, parasselares e bainha do nervo óptico
Alteração da movimentação ocular: comuns em meningiomas do seio cavernoso
Perda de audição: ocorre em meningiomas do ângulo pontocerebelar
Perda olfato: acontece nos meningiomas do sulco olfatório ou da crista esfenoidal
Alterações do estado mental: pode ocorrer em meningiomas subfrontais, intraventriculares ou esfenoidais grandes.
Fraqueza extremidades: pode ser decorrente de meningiomas em diferentes locais.
Hidrocefalia obstrutiva e cefaleia: ocorre em grandes meningiomas da fossa craniana posterior
Como se faz o diagnóstico dos meningiomas?
Os assintomáticos ou pouco sintomáticos são descobertos de forma acidental em exames de imagem do cérebro ou medula espinhal pedidos por outro motivo.
Já quando existe um déficit neurológico focal um exame de imagem (Tomografia computadorizada ou Ressonância nuclear magnética) deve ser solicitado. O diagnóstico deve ser confirmado pela aparência característica do meningioma nos exames de imagem realizados com contraste. Em casos específicos que gerem muita dúvida a biópsia pode ser realizada e auxiliar no diagnóstico.
Como tratar os meningiomas?
O tratamento do meningioma vai depender de sintomas apresentados, localização e do seu tamanho.
Meningiomas pequenos (<03cm), assintomáticos e de crescimento lento podem ser apenas acompanhados com imagens periódicas.
Meningiomas maiores de (>03cm), sintomáticos e de crescimento rápido podem precisar de tratamento com cirurgia, radioterapia, quimioterapia e/ou imunoterapia.
-Meningiomas grau 1 são tratados somente com cirurgia e observados, já que o risco de recidiva é baixo.
-Meningiomas graus 2 e 3 apresentam um maior risco de recidiva local, sendo necessário um tratamento complementar pós-cirúrgico com radioterapia, radiocirurgia, quimioterapia e/ou imunoterapia.
Nos casos em que a ressecção completa com cirurgia não é possível pode-se usar a radioterapia, radiocirurgia, quimioterapia e/ou imunoterapia como tratamento, a depender de cada caso.